domingo, 24 de maio de 2009

Treino de marcha com suporte parcial de peso em esteira ergométrica

A incorporação de novas tecnologias ao arsenal terapêutico de reabilitação é um fenômeno inevitável. Existe uma verdadeira corrida contra o tempo para o desenvolvimento destes sistemas (equipamentos mais eficazes = maiores lucros) Eu não estou falando de biofeedback, nem do cybex e muito menos de novos equipamentos de eletroterapia. Estou falando de novas tecnologias que são pouco faladas nas Faculdades de fisioterapia, mas que dentro de alguns anos serão equipamentos de rotina nos grandes centros de reabilitação.

Creio que muitos leitores deste blog já tenham ouvido falar de treino de marcha com suporte de peso em esteira ergométrica, mas para aqueles que desconhecem o assunto, trata-se basicamente do uso de um mecanismo que suspende os pacientes e os posiciona sobre uma esteira ergométrica. Assim é possível que eles caminhem sobre a esteira sem risco de cair e sem precisar suportar o peso total do corpo sobre as pernas. Desta forma, é possível retreinar a marcha de forma precoce em pacientes com AVC, em pacientes com Parkinson, crianças com diplegia e quadriplegia espásticas e até mesmo pós TRM (Fig acima).

Nem sempre dá para deixar o paciente na esteira e dispensar os fisioterapeutas. No caso de TRM na figura ao lado, terapeutas auxiliam na mobilização das pernas. O benefício neurofisiológico está aparentemente relacionado à estimulação do Gerador Central de Padrões (GCP) o qual é um "pool" de neurônios existente na medula responsável pela marcha automática e que pode ser estimulado pelo treino de marcha com suporte de peso. (é por causa do GCP que gatos cuja conexão entre a medula e o cérebro foi interrompida mantém o padrão de marcha quando as patas são encostadas sobre uma esteira rolante).
Ficção científica? fora da realidade brasileira? Creio que não.
Existem vário trabalhos feitos no Brasil, sendo que uma mestranda da UFRJ "manufaturou" um destes dispositivos com a ajuda do pai (engenheiro) ao custo aproximado de R$500,00 (sem a esteira). Infelizmente este tipo de solução artesanal é o que temos em terras tupiniquins.

Para se ter uma idéia na aposta que está sendo feita neste sistema de suporte de peso, uma pesquisa está sendo desenvolvida no Center for Applied Biomechanics and Rehabilitation Research, National Rehabilitation Hospital, em Washington, EUA para o desenvolvimento de um protótipo de um equipamento de suporte de peso dinâmico chamado ZeroG.

Trata-se de um mecanismo robótico suspenso por esteiras presas ao teto e que ajusta continuamente a tração garantindo assim o suporte de peso conforme constante durante o deslocamento do paciente sobre obstáculos. Eu babei quando vi o vídeo. Só espero que a relação custo-benefício seja favorável, pois um bichinho desses não tá com cara de ser barato não.

Veja o vídeo abaixo do ZeroG prevenindo uma queda. Imagina isso aí pra tratar velhinhos com labirintite com amis segurança, ou então combinado à uma atividade com o balanceboard do nintendo wii.


Fonte:
http://fisioterapiahumberto.blogspot.com/2009/03/treino-de-marcha-com-suporte-parcial-de.html




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