domingo, 13 de abril de 2008

Crohn - Algumas perguntas mais frequentes:

Gravidez e Crohn ?

Não há nenhum problema se da paciente de Crohn ficar grávida. Alguns remédios podem fazer mal ao feto, assim é recomendável informar o médico da gravidez.

Apesar de se achar que a doença é hereditária, não é comum os pais ( se o pai ou a mãe forem portadores da doença ) transmitirem a doença ao filho/filha. O que pode ocorrer é o seu irmão/irmã ou netos venham a ter a doença.

O que causa a doença ?

Há várias teorias sobre o que causa a Doença de Crohn, mas até agora nenhuma foi provada. Uma delas é que algum agente, talvez um vírus ou uma bactéria, afeta o sistema imunológico para desencadear uma reação inflamatória da parede do intestino. Apesar de saber-se que pacientes com essa doença tem o sistema imunológico com funcionamento anormal, os médicos não sabem se os problemas imunológicos são a causa ou o resultado da doença.

Quais os Sintomas?

Os sintomas mais comuns são, dor abdominal, freqüentemente na parte baixa e a direita do abdomen , diarréia ou constipação. Há também sangramento retal, perda de peso e febre. Se o sangramento for abundante e constante, leva a anemia. As crianças podem ter o seu desenvolvimento retardado.

Qual o melhor Tratamento?

Muitas drogas existem para ajudar no controle da doença, mas nenhuma leva a cura. · que se faz é usar uma dieta nutricional, controlar a inflamação e diminuir a dor abdominal, a diarréia e o sangramento retal. A sulfasalazina freqüentemente diminue a inflamação , especialmente a do colon. Pode ser usada por longos períodos e juntamente com outros remédios. · pacientes que não suportam a sulfasalazina, freqüentemente se dão bem com outras drogas como as mesalaminas ou 5-ASA · Ainda pode-se usar juntamente com esses medicamentos, drogas como corticóides, antibióticos ou aquelas que afetam o sistema imunológico como a azathioprina ou 6-MP.

Dietas ?

Dizem não existir dietas específicas para prevenir ou tratar a doença. Mas, algumas pessoas tem seus sintomas diminuídos evitando tomar álcool, leite e seus derivados, comidas apimentadas, frituras, ou fibras. Como cada pessoa reage diferente, é aconselhável que se procure um nutricionista que conheça bem a doença, e evitar as comidas que percebe fazerem mal. Não se deve tomar grandes doses de vitaminas, porque além de desnecessárias podem causar efeitos indesejáveis.

O paciente com doença crônica, precisa de uma boa alimentação, para que possam ser repostos no organismo nutrientes, vitaminas e minerais que são perdidos devido a dificuldade de absorção dos alimentos, diarréia, apetite reduzido.

Apesar dos médicos dizerem que o paciente de Crohn pode comer de tudo, aconselha-se que sejam evitados alimentos condimentados, com gordura, açucares, leite e seus derivados, alimentos que contenham fermento.

Existem Pesquisas ?

Existem alguns laboratórios pesquisando não só a cura da doença, como também remédios que tratem melhor os sintomas, tornando a vida do paciente mais fácil.

A Isis Pharmaceutical e a Boehringer Ingelheim possuem uma pesquisa sobre um antinflamatório chamado Isis 2302, na segunda fase de testes.

O Interleukin 10 que atua como imunossupressor e antinflamatório. Os resultados dos testes indicam que o IL10 administrado diariamente por uma semana é seguro e bem tolerado sendo clinicamente eficiente.

Mycobacterium, Paratuberculosis?

Existem várias frentes de pesquisas no sentido de se encontrar a causa da doença. Os tratamentos usados atualmente só tratam dos sintomas, tentando trazer aos pacientes um pouco mais de conforto. Em 1913, o cirurgião Dr.Dalziel, descreveu uma doença que se hoje chamamos de doença de Crohn. Ele acreditava que ela era originaria de uma bactéria chamada "Mycobacterium paratuberculosis". Essa bactéria causa tuberculose intestinal e paratuberculose, doenças com sintomas similares ao Crohn. No entanto, ele não pode provar a ligação . Em 1932, Burrill B.Crohn , o primeiro a documentar a doença de Crohn, não pode encontrar uma origem bacteriana da doença.

As pesquisas continuam ainda hoje, no sentido de se estabelecer uma ligação entre a citada bactéria e a doença.

Qual a relação de TENSÃO E ANSIEDADE com as doenças intestinais?

A ansiedade - problema causado pelas pressões da vida - é talvez a emoção que mais pesa nos indícios científicos que a ligam ao começo da doença e ao curso da recuperação. Quando a ansiedade serve para que nos preparemos para lidar com algum perigo (uma suposta utilidade na evolução humana) , está nos prestando um bom serviço. Mas a vida moderna a ansiedade é, na maioria das vezes, fora de propósito e dirigida para o alvo errado - a raiva se torna patológica quando ocorre em circunstâncias triviais ou quando é invocada pela mente como reação equivocada, dirigida ao alvo errado. Repetidos ataques de ansiedade indicam altos níveis de estresse. A mulher cuja preocupação constante lhe causa problemas gastrintestinais é um exemplo didático de como a ansiedade e o estresse exacerbam problemas clínicos. Num comentário de 1993, nos Archives of Internal Medicine, sobre a extensa pesquisa sobre a correlação estresse-doença, Bruce McEwen, psicólogo de Yale, observou um largo espectro de efeitos: comprometimento do sistema imunológico a ponto de disparar a metástese do câncer; aumento da vulnerabilidade a infeções virais,; exacerbação na formação de placas que levam à arteriosclerose e à obstrução do sangue que causa enfarte do miocárdio; aceleração do início da diabete Tipo I e do curso da Tipo II; e piora ou provocação de uma crise asmática. O estresse também pode levar à ulceração do trato gastrointestinal, provocando sintomas como colite ulcerativa e doenças inflamatórias do intestino. O próprio cérebro está sujeito aos efeitos de longo prazo do estresse constante, incluindo danos ao hipocampo e, portanto, à memória. De um modo geral, diz McEwen, "crescem os indícios de que o sistema nervoso está sujeito a "desgaste e rompimento"como resultado de experiências estressantes. Indícios particularmente fortes do impacto clínico da perturbação vieram de estudos sobre doenças infecciosas como resfriados, gripes e herpes. Vivemos constantemente expostos a esses vírus, mas em geral nosso sistema imunológico os mantém à distância - só que, sob estresse emocional, essas defesas na maioria das vezes falham. Em experimentos nos quais a robustez do sistema imunológico foi avaliada diretamente, descobriu-se que o estresse e a ansiedade o debilitam, mas a maioria desses estudos não deixa claro se a gama de enfraquecimento imunológico tem significado clínico - ou seja, se é suficientemente grande para abrir caminho à doença. Por esse motivo, mais fortes ligações científicas entre tensão e ansiedade com vulnerabilidade clínica vêm de estudos em perspectiva: aqueles que começam com pessoas saudáveis e monitoram primeiro um aumento de perturbação, seguido por um enfraquecimento do sistema imunológico e o início da doença. ( Inteligência Emocional - Daniel Goleman, PhD ) - Vale ler esse livro.


Viajar ?

Os portadores da doença de Crohn podem viajar para onde quiserem. Precisam somente ter a mão alguns recursos, tais como; levar os remédios não só em quantidade suficiente para o tempo da viagem, como também ter um pouco a mais, caso seja necessário aumentar a dose. A mudança de fuso horário, hábitos alimentares, stress de viagem podem gerar a necessidade de se ter a dose de medicamentos aumentada, durante esse período; ter o telefone do médico assistente para qualquer eventualidade; ter por escrito a medicação que usa, no caso de ter que procurar um médico local.


Stress e Crohn ?

Cientistas já relacionaram o stress com a doença. A tensão emocional pode influir no curso da doença. O acompanhamento de um psicoterapeuta, com conhecimentos das enfermidades intestinais é muito recomendado, ajudando no controle da doença e até fazendo com que os sintomas desapareçam.


Fonte: http://www.geocities.com/hotsprings/8065/paginas/perguntas.html



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